31 dezembro 2006

Apanhados da TVI

Durante os próximos tempos, a Ala irá trazer ao vosso conbídio uma série de pequenos extractos televisivos captados pelos estúdios da TVI no Porto (é tudo gente do norte carago!), que bem ilustrará a riqueza do nosso vocabulário, que assim se prova ser algo em constante mutação. Esperamos que estas recolhas feitas para vossa diversão, possam danificar [ou será dignificar?] este blog.

30 dezembro 2006

Bom dia!

Não poderás vencer a morte. Mas impõe-lhe a vida como um bandarilheiro e verás que muitas vezes ela marra no vazio.

Vergílio Ferreira

29 dezembro 2006

IC 19

Se souberem a quem pertencem... avisem as autoridades.
Enviado por outra leitora.

O homem das 25 imitações



Sugerido por uma leitora.

Um eterno símbolo de bondade...


... que parece continuar a providenciar ajuda mesmo para além da sua morte.
Audrey Hepburn, uma das primeiras (senão mesmo a primeira) embaixadoras da Boa-Vontade da UNICEF, teve no início do mês um vestido seu, da casa francesa Givenchi, vendido em leilão por quase meio milhão de Libras. A quantia obtida reverteu para uma obra designada por City of Joy Aid charity, instituída por Dominique Lapierre, a quem o próprio Hubert de Givenchy havia oferecido o vestido.
Para mais informação vd. aqui.

Ora aí está o segredo!

Aí está a explicação porque los cabrones de nuestros hermanos estão com índices de convergência (até aqui) inexplicáveis e com um dos maiores aumentos do PIB na UE. Pudera!...

Hipocrisia made in the USA

O Departamento do Interior norte-americano propôs a inclusão do urso polar na lista das espécies ameaçadas de extinção, devido à perda de gelo no Árctico, mas não tomou qualquer posição sobre o sobre-aquecimento do planeta.
Quem quiser saber mais ver aqui e aqui.

Publicado também em Numa Curva do Tempo

Aceitam-se apostas!

Eu por mim, acho que o fedelho devia cair da vassoura e estatelar-se com as ventas numa parede. Mas isso sou eu...

Mais vale um pinhão português...

Mais vale uma Conceição Pinhão do que duas pinhas alemãs.

Estarei a ficar velho?

Primeiro veio a UE proibir os produtos tradicionais, alegando que o seu método de fabrico desrespeitava as mais elementares regras de higiene e segurança alimentar; depois vieram a fruta e os legumes normalizados, que é o mesmo que dizer que podem não saber a nada, o que interessa é que sejam bonitos à vista e apresentem todos a mesma bitola - e com isso assistimos na TV às repetidas cenas de agricultores oferecendo frutas e hortaliças na via pública; agora surgem estes cromos cheios de facilidades...
É impressão minha ou o mundo está a avançar depressa demais?

Casino Royal

Em sequência de um post nosso do início do mês e para aqueles que ainda mantenham algumas reservas sobre o mais recente 007, confiram aqui.

Reabertura das hostilidades

Bem... rapazes e co-editores deste blog. Tal como combinado durante o almoço de hoje e caso não estivessem demasiado alcoolizados para se terem esquecido, serve o presente para assinalar o regresso às lides blogmáquicas. Sempre quero ver...

18 dezembro 2006

Ecologia à la Bush

Já todos nós sabiamos como se comportavam os EUA em matéria de política ambiental a nível internacional. Basta analisar a sua posição face ao Protocolo de Kioto.
Agora vejam lá até onde vai a hipocrisia da administração Bush relativamente às questões domésticas. Nem Hitler se lembraria de um plano tão desavergonhado.
Leiam aqui

Publicado pelo Jonas na sua Curva do Tempo

14 dezembro 2006

Circula por aí

Eu, Carolina

Em rigoroso exclusivo nacional, publicamos um excerto do livro "Eu, Carolina Salgado" por incúria não incluído na obra agora à venda em todas as grandes superfícies comerciais.
Pelo manifesto interesse público do excerto e, depois de garantido o consentimento da autora, reproduzime-o-lo. Reproduzimo-si-o. Reproduzimo-li-e-o... enfim, pomo-se-le-o já a seguir. Arre!

10 de Abril
O Jorge Nuno está inquieto. Os nervos estão à flor da pele e já me assentou duas lambadas sem motivo aparente. Mas eu sei a causa. O FC Porto vai receber o Riopele para a Taça de Portugal e, sem caldinhos com os árbitros, ele desconfia que vai perder. Ofereço-me para mandar espancar o presidente do Conselho de Arbitragem da Liga. Diz-me que não, que dá muito nas vistas. Está a amolecer com a idade. E não me refiro só às capacidades para dirigir o clube.

11 de Abril
O alternadeiro do talho, aqui no Ameal, disse que não me fia mais nada sem ver dinheiro. Mandei espancá-lo com um barrote cravejado de parafusos, claro está. Eu não sou dura. Foi a vida que me fez assim.

14 de Abril
Está-se mesmo a ver: sexta-feira à noite e, em vez de sairmos, sua Excelência quer jantar em casa com árbitros. E os ares sebosos dos tipos? Um é careca, o outro tem um bigode que me faz lembrar um azeiteiro que trabalhava no 'Calor da Noite' (ai que saudades). Só falam de foras-de-jogo e penalties. E só comem fruta e doces. Alarves! Há semanas que não se come outra coisa cá em casa. Eu que o diga. É uma vez por semana e 'vivó velho!
Ao menos, não se perdeu tudo. O Jorge Nuno prometeu-me que me levava este fim de semana ao estrangeiro para ver monumentos e coisas assim. Vai ser tão romântico!

15 de Abril
Ganda besta! O fim de semana romântico no estrangeiro, afinal, foi só eu, ele e mais 300 Super Dragões em Gelsenkirschen. E o monumento era o estádio dos alemães. Nunca fui tão apalpada na minha vida. Esta gente não sabe que eu sou uma senhora.

17 de Abril
As finanças recusaram a minha declaração de IRS: não me deixam deduzir a aquisição de um varão Inox nas despesas de "material profissional". Sabem eles que isto custa os olhos da cara? Ou pior?
Conheço um rapaz que é trolha em Freamunde. Muito jeitoso de mãos. Pedi-lhe para espancar o chefe do 13.º bairro fiscal do Porto.

18 de Abril
Afinal, era engano. O varão pode ser deduzido no IRS.
Se o chefe do 13.º bairro fiscal ainda tivesse nós dos dedos, poderia ser ele a fazer a dedução.

19 de Abril
Tenho provas de que o Jorge Nuno esteve envolvido em todas as trapaças do século XX, desde a falsificação das notas do Alves dos Reis até ao atentado falhado contra o Salazar em 1930. E se a TVI me pagar mais, ainda posso comprovar que foi ele quem trouxe a peste negra e o maestro António Vitorino de Almeida para Portugal. E que o terramoto de 1755 só escavacou Lisboa e arredores porque ele mandou.

Bom dia!

Só a cabeça de um morto diz que sim a todos os movimentos que lhe imprimem.

Teixeira de Pascoaes

Homenagem


Teixeira de Pascoaes
Poeta
02.11.1877/14.12.1952

13 dezembro 2006

Eu, Carolina... prestes a ser entalada

Parece que o Abjecto tinha razão nos augúrios que aqui deixou ontem. Carolina vai de vento em popa... direitinha aos baixios de uma (Pinto da) costa que não perdoa erros.

12 dezembro 2006

Eu, Carolina.

Primeiro, admitamos a ideia de que a História é cíclica. Depois juntemos-lhe o credo budista na reencarnação. Agora façamos uso destas duas premissas e digam-me lá se o enredo da telenovela entre Carolina Salgado e Jorge Nuno Pinto da Costa não vos traz à memória histórias de outros tempos?
Carolina foi Claudius e Pinto da Costa foi Agripina. Agora, por ironia ou castigo kármicos, regressados à Terra com o sexo oposto.
Calígula é Valentim Loureiro e o ex vereador Ricardo Bexiga foi Piso.
Tal como Piso teve que se justificar perante o Senado, Ricardo Bexiga veio já meter a boca no trombone e desta feita parece que teve melhor sorte. Já não será uma mulher a limpar-lhe o sarampo, como o fez Plancina, mas livrou-se à justa de bater a bota a mando de uma.
Calígula tenta em vão meter água na fervura. Diz que estes arrufos de casal são muito desagradáveis e que, em relação ao facto de Carolina ter contratado dois jagunços para espancar Ricardo Bexiga a mando de Pinto da Costa, "naturalmente, condeno esse tipo de situações". Estaria a falar do quê? Do espancamento? Ou de Pinto da Costa ter usado uma mulher para encomendar o serviço?
Desconfio que desta vez a História se repetirá e Calígula, caído na desgraça dos Deuses, verá o seu fim antes de Claudius.
A mesma repetição, lamento dizer-vos, se passará entre Claudius e Agripina. Jorge Nuno arranjará maneira de liquidar a sua ex "mais-que-tudo" e o mais provável é que, no final, ao invés de Adeus Tiberius Claudius Drusus Nero Germanicus; Deus dos Bretões; Máximo Imperador do mundo romano, possamos dizer, Adeus Carolina Salgado; Deusa do Alterne; Máxima lerdinha do mundo morcão.
E assim, uma vez mais, tudo se repete. A história que foi outrora a de Eu, Claudius é agora a de Eu, Carolina.

10 dezembro 2006

Morreu Augusto Pinochet

Que a terra pese toneladas sobre a carcaça putrefacta deste biltre sanguinário!

Notícias de fim-de-semana

Ainda estou para saber por que carga de água se comprou cá para casa a edição do Expresso deste fim-de-semana.
Mas Deus escreve direito por linhas tortas. Ontem à noite, colocado perante o dilema de continuar a assistir à vergonha futebolística de um Vitória de Setúbal agachado de cócoras frente ao Sporting ou dispender melhor o meu tempo fazendo outra coisa qualquer, resolvi ler o dito semanário. Eu sei que os jornalistas não podem inventar notícias interessantes. Mas não será que podiam tratar as notícias existentes de forma mais interessante, interessada e menos interesseira?
Como sempre, depois de tudo bem espremido, apenas três ou quatro notícias/apontamentos me ficaram na retina:
- Conflito iminente entre a Argentina e o Uruguai. O clima de afrontamento escala em grande velocidade. Tudo tem a ver com a instalação de uma grande fábrica de celulose na margem de um rio em território uruguaio, rio esse que, a jusante, entra em território argentino. O impacto ambiental deste projecto é a pedra de toque do conflito. Lembrei-me das centrais nucleares espanholas situadas nas margens do Rio Tejo... enfim!
- O Irão vai organizar uma mega conferência internacional subordinada ao tema da existência ou não do Holocausto. É óbvio e assumido que se pretende dar a palavra aos negacionistas e deixar como conclusão vigente que o extermínio de 6 milhões de judeus durante a 2ª Guerra Mundial é uma falsidade histórica.
Em meu entender, o perigo que se encontra subjacente a estas súbitas manifestações de interesse sobre o tema é o de que, aquilo que até aqui era apanágio ideológico de pequenos grupos neo-nazis, White-Supremacy, KKK, etc, etc, todos (felizmente) sem grande expressão política, possa agora vir a ser mais um pilar da verborreia anti-semita, numa dimensão ideológica à escala do mundo árabe. E o paradoxo de tudo isto é que as causas mais profundas destas tentativas de legitimação intelectual visando obliterar um facto incontornável da História Contemporânea, têm como causa primordial a obstinação da política externa de Israel, contra tudo e contra todos.
- A nível doméstico achei delicioso o episódio (vejamos se com continuação) da reacção do presidente do Partido Popular Monárquico ás declaraçãos do Duque de Bragança em entrevista ao jornal Diário de Notícias.
A coisa correu mais ou menos assim:
D. Duarte em entrevista ao DN: Cavaco Silva tem agido como um Presidente-Rei!
Reacção de Nuno da Câmara Pereira: O Sr. Duarte mete os pés pelas mãos!
Apetece-nos perguntar: Ó Sr. D. Duarte... "Presidente-Rei"? Que raio de bicho é esse?
Ó Sr. Nuno... "Sr. Duarte"? Então não é V. Exa. monárquico? Trata-se o herdeiro do trono como se fosse o homem da mercearia?
Tenho que descobrir quem comprou o expresso para lhe agradecer.

Conversas em família LXII


Claudinho, o político gago - Parte II

08 dezembro 2006

Homenagem


Em memória de John Lennon FOTO©Epa/Jaroslav Richter

Blogger - versão Beta

Já algum de vós fez o pseudo upgrade do vosso blog para esta tal de versão Beta? Será que também experimentaram o trauma de ficar sem conseguir aceder a coisa alguma durante todo um dia, para depois acabar por receber um email a informar que não tinha sido possivel proceder à transposição?

Conversas em família LXI


Claudinho, o político gago - Parte I

05 dezembro 2006

Homenagem



Raúl Brandão
12.03.1867 / 05.12.1930











Soeiro Pereira Gomes
14.04.1909 / 05.12.1949

04 dezembro 2006

Circula por aí

As manifestações de militares esta semana revelaram incapacidade da democracia em modernizar-se. A proibição sucessiva de encontros ou "passeios" de militares indica que o Estado, dono do monopólio da violência e da ordem, não entendeu como mudaram as formas de debate e de luta social e corporativa, incluindo no seu seio. E como mudaram os papéis sociais dos militares e até o acesso às forças militares por força da acção, entre outros, do próprio Estado, trata-se de uma profissão especial, não de um destino de casta nem de uma obrigação, que deixou de haver. Torna-se cada vez mais difícil enquadrar a menorização democrática dos soldados e polícias. O Estado não cumpre as suas obrigações para com os militares (como estes dizem e nenhum telejornalista, incrivelmente, confrontou os governantes com essa questão) e, a seguir, não lhes permite protestar e reivindicar, empurrando-os assim para onde sempre se empurram os que não têm direitos: a ocupação do espaço público, a rua. Viu-se na televisão: os militares, pela sua formação, não se sentiram bem a fazer o "passeio" contra o Governo, mas foi o Estado que os empurrou para a rua.
É errado o Estado manter normas para proibir este tipo de acções bem como a sindicalização dos policias quando a democracia se aprofundou, as relações em rede e a informação se tornaram universais e omnipresentes, a televisão toca em tudo e o Estado-Nação se vai reduzindo à Selecção Nacional de futebol. As regras de ocupação do espaço público, tal como as defenderam esta semana o primeiro-ministro e o ministro da Defesa, vêm do final do século XIX, quando o poder burguês queria afastar da rua o povo, que não tinha direitos políticos. Criaram-se então normas rígidas para as manifestações e até para a colocação de informação nas paredes. Reuniões? De preferência em salas fechadas (fora do espaço público comum), como tiveram de fazer os militares há um ano na Casa do Alentejo. Já nessa ocasião se percebeu que as normas de proibição a militares e polícias são absurdas quando existem centenas de órgãos de informação... sem contar com a internet.
Além disso, o poder político está sempre a utilizar as forças armadas e policiais para a sua própria propaganda debaixo dos holofotes (há uma classe política que adora mostrar-se na TV perto das fardas), mas ao mesmo tempo proíbe o direito à palavra e reunião a esses mesmos servidores do Estado. Na quinta-feira assistimos a esta cena patética: o ministro da Defesa foi ao aeroporto para, pela centésima quadragésima vez, o governo fazer propaganda com a partida ou a chegada, ou a quase partida ou a quase chegada, de um contigente para Timor, Balcãs ou agora Líbano. E foi ali, nesse mesmo local, um minuto depois da sua acção de propaganda, que Severiano Teixeira condenou os militares que no mesmo dia usaram o espaço público no centro de Lisboa.
Outro governo, menos dedicado à propaganda do que este mas mais à direita, usaria a mesma prerrogativa de proibição e o mesmo uso dos holofotes à custa das fardas alinhadas. Mas é interessante ver como um governo que se diz da esquerda moderna e do choque tecnológico se rege por tópicos sociais envelhecidos e desadequados com mais de cem anos. Já estamos no século XXI: os militares e os policias devem ter mais direitos de reunião e sindicalização. Na sociedade contemporânea, serão melhores militares e melhores policias se não tiverem de recorrer à rua e à televisão para tratar dos seus assuntos corporativos. Caso contrário, só lhes sobra a rua televisionável quando se sentem injustiçados nos seus direitos. O que é bem pior para todos.

Eduardo Cintra Torres
Jornal Público, 26.11.2006

02 dezembro 2006

Fitas

Ontem foi dia de dose dupla e de dupla surpresa:

007 - Casino Royal
Baseado no primeiro livro da série 007, escrito por Ian Fleming em 1953, este Casino Royal é uma enorme surpresa, pela positiva.
Em meu entender esta é a mais humanizada versão do agente secreto em toda a saga. E é igualmente a mais conseguida de todas por ser a que menos recorre aos habituais clichés do agente secreto à prova de bala, à prova de acrobacias, carregado de gadgets, dotado de um sentido de humor quase sempre forçado e desprovido de quaisquer fraquezas.
Daniel Craig, apesar de tudo o que se ouviu sobre as suas birras durante as gravações e não obstante os azares de foi vítima, apresenta-nos um agente secreto ao estilo John Le carré, convincente e mais de acordo com aquilo que uma pessoa normal imagina como um agente secreto, sem a habitual panóplia de palhaçadas que vinham tirando qualidade a um dos nossos agentes preferidos.
Em minha opinião, o filme apenas perde um pouco pelo facto de parte substancial da sua acção se desenrolar num mesmo sítio, sem que isso, no entanto, signifique perda de ritmo.
Quanto aos demais ingredientes que nos deliciam, como os destinos exóticos, a linha de crédito ilimitada, o Aston Martin topo de gama, a acção (desta vez restricta aos limites do humanamente exequível e com uma das melhores cenas de perseguição a pé que já vimos) e as mulheres bonitas (com - o que já não sucedia desde a personagem desempenhada por Maud Adams em Octopussy - uma personagem que, para além de bonita, representa uma mulher igualmente inteligente e sofisticada. É desempenhada por Eva Green, que não é uma actriz qualquer. Trabalhou já com Bernardo Bertolucci e Ridley Scott), está lá tudo.

The Departed - Entre Inimigos
Uma vez mais aplico com toda a propriedade a minha velha máxima Quanto mais os críticos aplaudem, mais eu detesto. E vice-versa!
Duas horas e meia de uma conturbada teia de personagens que só mesmo um génio como Scorsese poderia aguentar com alguma consistência.
Confesso que fui tolerando a coisa até ao momento em que a acção atingiu a sua própria exaustão. Assim como a minha paciência se aproximava do limite, também William Monahan, o argumentista, parece ter chegado a determinado ponto da história em que se fartou e resolveu acabar com a trama. O problema é que demorou uma hora e vinte minutos a urdi-la para depois acabar a coisa em catadupa como se estivesse atrasado para o jantar.
Não entrarei em mais pormenores para não estragar a vossa ida ao cinema. Depois me dirão o que acharam.
O elenco é de luxo: Leonardo DiCaprio, absolutamente brilhante (e isto escrito por quem, até ontem, não dava dois tostões furados por ele). Jack Nicholson, excelente como habitual; Matt Damon, sofrível; Martin Sheen e Alec Baldwin com bons desempenhos como é normal.
Em resumo: foi uma surpresa pela negativa. Não porque o filme não preste (pelo contrário), mas porque, de Martin Scorsese, é sempre legítimo esperar-se um filme muito acima da vulgaridade.

 

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