30 agosto 2010

Sons



Foram cardos, foram prosas
Ritual Tejo

Florbela... sempre.

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...

Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...

Florbela Espanca

Já sonho

Não é que hoje, depois de uma curta soneca, acordei perfeitamente consciente daquilo que sonhei?
Isto não teria nada de especial não fosse o facto de ser a primeira vez na minha vida que tal acontece.
Um amigo meu diria que esta é uma daquelas coisas que nos dá quinze dias antes de "bater a bota". Vamos ver se não é o caso...

23 agosto 2010

... ou porque não!

Por que razão não tenho escrito no blog?
Tenho estado a arrumar música; leituras; ideias...
Volto dentro de momentos.
(Estou a sentir uma pontinha de saudade disto...)

10 agosto 2010

Acabei

São 05,20 horas.
Acabei o trabalho.
Acabei a cachaça.
Acabei o rum.
Quase acabei a cerveja.
Tenho uma dor de cabeça que quase acaba comigo...
Enfim... mais uma noite para esquecer.


Downstream
Supertramp

...

Acabou a cachaça.
Viva o Rum e os Mojitos...
Agora ouve-se disto:


I can't make you love me
George Michael

Noitada de trabalho académico

Mais uma noitada para entregar o trabalho final do curso Arte, Poder e Identidades.
De volta do artigo de Fred Meyers : "Social Agency and the Cultural Value(s) of the Art Object".
Valha-me Nª Sra. da Agrela, que não há Santa como ela...
Meto-me em cada uma...
Vamos lá a mais uma caipirinha para fazer face à noite (que eu tenho medo do escuro)...
No leitor de CD's vai passando isto:


Even if my heart would break
Kenny G. e Aaron Neville

09 agosto 2010

A vida é hoje!

Ontem levei os meus filhos ao parque.
Por entre expressões de encorajamento recíproco, correram, saltaram, escalaram, vencendo obstáculos e totems coloridos:
- Força mana! incentivava ele...
- Bravo mano. És o meu herói! dizia ela.
- Give me five! cumprimentavam-se depois de superarem o que quer que fosse.
Partilharam escorregadelas e um baloiço que parecia ter sido feito para namorados.
Coordenaram balanços e voaram em cumplicidade, riso fácil, felicidade estampada nos rostos.
Sentado num banco fui acompanhando as peripécias de ambos. Dei por mim a pensar que ter contribuido para a existência destas duas magníficas criaturas já é coisa suficiente nesta travessia que, só a espaços, parece teimar em querer fazer sentido.
Não fora a "responsabilidade" que advém do normal decurso da vida e todos seriamos crianças felizes até ao último dia desta nossa existência física.
Ter filhos felizes e saudáveis é uma dádiva à qual nunca conseguiremos atribuir um justo valor.
Estou aqui embrenhado em mais um trabalho para entregar na Faculdade (que interrompi para escrever este post) mas tenho a voz do (já saudoso) António Feio a sussurar-me ao ouvido, relembrando algo que devia ser óbvio para todos nós: Não deixem nada por fazer; não deixem nada por dizer...
Vou acabar o trabalho e fazer uns telefonemas.
A vida é hoje!


Who needs forever?
Astrud Gilberto

07 agosto 2010

BSO VI




I will find you
Clannad
The Last of the Mohicans / O último dos Moicanos (1992)

06 agosto 2010

Dois cinzentões, entre águas azuis e verdes.



Apresento-vos os dois cinzentões: Eu e o "Grey", meu companheiro de aventuras.

E aqui teve início a nossa travessia.

Ainda pela margem:
- Recife e banco de algas.


Na floresta, serra acima...

"Civilização"

Uma natureza farta...

Do outro lado o mar verde...


... e uma sereia

03 agosto 2010

Estando muito tempo longe...

... depois tenho que adubar as raízes.


Gaivota
Gonçalo Salgueiro


Lágrima
Dulce Pontes

02 agosto 2010

Hispaniola Dominicana

Dias de suor, aventura, misticismo e encanto.
A pé, a nado, a cavalo, de canoa.
Da costa atlântica à do Mar das Caraíbas através da floresta tropical, onde a luz penetra a copa das árvores em estiletes de cristal.
Da areia dourada à areia branca por terra ora castanha ora vermelha.
Do mar azul ao mar verde esmeralda, vencendo a água barrenta dos rios ou a água cristalina que brota do ventre da rocha marmórea, desabrochando em cascatas que se sucedem como pregas de um vestido.

A terra é mãe, fértil e generosa.
O mar é pai, sempre disposto a uma dádiva, a um abraço.
Numa terra onde a escola não é obrigatória e o casamento acontece naturalmente a partir dos treze anos, os meninos passam a sua curta infância entregues a estes pais, mais do que aos seus próprios progenitores. Sobem a uma bananeira, trepam a um coqueiro, pescam, mergulham...
Mais tarde, no caminho de regresso a casa, saciam-se com a polpa açucarada do ananás mais doce do mundo.


O mar é um pulsar constante de vida.
Mergulhámos em apneia numa água pejada de pequenos peixes de todas as formas e cores. Batemos o recife de coral e os bancos de algas. Tivemos golfinhos por companhia.








Depois, exaustos, deitámo-nos na areia quente, inebriados com tanto verde, azul e dourado.


O crepúsculo brindou-nos com o chilrear das andorinhas que, em voos acrobáticos, reclamavam o domínio dos céus. O sol, esse, espreguiçou-se uma última vez antes de desaparecer sob o horizonte, deixando o mar pejado de reflexos luminosos.
A noite caiu, tranquila e misteriosa. Sentados na areia deixámo-nos embalar pelos sons que só semelhante floresta é capaz de produzir. A lua, plena, resplandeceu num branco sem mácula, e as estrelas reflectiram-se no mar criando um duplo céu, como a querer lembrar que, na multidimensionalidade que compõe o universo, os princípios se espelham.


É difícil escapar ao apelo desta ilha feiticeira.

Sorcerer
Stevie Nicks

01 agosto 2010

Cheguei!

Estive quase, quase, quase a ficar do outro lado do Atlântico mas depois pensei: Naaaaaaaa!...
 

is where my documents live!