Espartano... mas em Manhattan, esquina com a Broadway, junto a Union Square.
Depois de uma maratona de onze horas, eis-me no local de destino.
A "outra" chegou a Paris com a sua "valise de carton" na mão. Mas o pirolito não lhe ficou atrás e chegou a Nova Iorque de saco de plástico às costas (12kgs de excesso de peso para o porão, transpostos, ainda em Lisboa, para um saco de plástico inicialmente destinado a embalar carrinhos de bebé...).
- "Mas não há alternativa?" perguntei, armado em tanso, no balcão do check in.
- "Se quiser levar a mala com este peso, terá que pagar USD400. Tem duas alternativas: ou compra uma mais uma mala e paga USD100 pelo suplemento de volumes ou, se quiser, posso arranjar-lhe um saco de plástico e leva o excesso de peso na cabina."
- "USD400 ou USD100 mais o preço de uma mala estupidamente cara, comprada aqui no aeroporto? Deixe lá isso! Venha de lá esse saco de plástico."
E assim comecei a viagem a poupar uma pipa de massa e o avião carregou tudo na mesma.
Mas vamos ao que interessa porque estas crónicas são de Nova Iorque e não da Portela.
Pensei duas coisas: que iria ficar de queixo caído e que iria desmaiar na cama, assim que chegasse. Nem uma coisa nem outra.
Chegado a Newark e em trânsito para a Big Apple, os famosos arranha céus pareceram-me, afinal, coisa modesta para tamanhas expectativas. Assim a modos como o Benfica no final do campeonato. E a cama... bem, essa, como certamente já repararam, estava por fazer.
Mas lá se fez a cama e se pôde desmaiar em conformidade, embalado pela consciência tranquila de ter obedecido respeitosamente ao senhor Passos - que não Senhor dos Passos - e de me ter posto a andar de Portugal (ainda que apenas temporariamente).
Como dizia o Engº Sousa Veloso no seu memorável
TV Rural: "Por hoje é tudo!"
PS: Afinal não é tudo... Estão a ver as duas "listas telefónicas" em cima da secretária? São apenas os dois volumes de artigos que temos para ler durante este curso. Ok... eu sei que não sou digno de comiseração.
Nova Iorque
08.06.2013