23.12.2010
Vôo previsto para as 17.55 horas.
Verá esta odisseia o seu fim?
Quero ir para "casa"!
Quero pegar na cana de pesca e ver-me dentro de água no Meco, a tentar os robalos natalícios.
Estou aqui a martirizar-me com algumas resoluções de ano novo.
Tenho muito que parar para pensar.
Olho para o lado e não consigo evitar o riso.
Até os guardanapos falam comigo.
Sou mesmo, mesmo cepo.
Estou tão saturado desta espera.
A mochila está tão cheia de roupa suja que nem chego aos livros que comprei. Não sei com o que me entreter. O ipod está a ficar sem bateria; a máquina fotográfica tem também a segunda carga nas lonas...
Pensei em aproveitar o tempo para enviar um sms de Natal aos amigos mas, fazê-lo a partir de Barcelona, não é boa ideia.
Acresce a tudo isto o facto de, apesar, de serem apenas 15,30 horas, o sol estar já tão baixo que entra pelas vidraças fumadas como um centurião em Roma depois de uma grande vitória.
É um convite à siesta ao qual custa dizer "não".
Quando o ócio se instala a imaginação ganha asas. É o grito de revolta da mente contra o imobilismo do corpo.
Resolvi contar o número de páginas que materializam estes meus apontamentos de viagem. São já vinte e oito. Ou direi "só vinte e oito?"
Uma núvem misericordiosa vem aplacar a força do astro-rei. Que alívio!
Maior alívio, neste momento, só consigo imaginar o regresso a "casa".
04 janeiro 2011
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