12 dezembro 2006

Eu, Carolina.

Primeiro, admitamos a ideia de que a História é cíclica. Depois juntemos-lhe o credo budista na reencarnação. Agora façamos uso destas duas premissas e digam-me lá se o enredo da telenovela entre Carolina Salgado e Jorge Nuno Pinto da Costa não vos traz à memória histórias de outros tempos?
Carolina foi Claudius e Pinto da Costa foi Agripina. Agora, por ironia ou castigo kármicos, regressados à Terra com o sexo oposto.
Calígula é Valentim Loureiro e o ex vereador Ricardo Bexiga foi Piso.
Tal como Piso teve que se justificar perante o Senado, Ricardo Bexiga veio já meter a boca no trombone e desta feita parece que teve melhor sorte. Já não será uma mulher a limpar-lhe o sarampo, como o fez Plancina, mas livrou-se à justa de bater a bota a mando de uma.
Calígula tenta em vão meter água na fervura. Diz que estes arrufos de casal são muito desagradáveis e que, em relação ao facto de Carolina ter contratado dois jagunços para espancar Ricardo Bexiga a mando de Pinto da Costa, "naturalmente, condeno esse tipo de situações". Estaria a falar do quê? Do espancamento? Ou de Pinto da Costa ter usado uma mulher para encomendar o serviço?
Desconfio que desta vez a História se repetirá e Calígula, caído na desgraça dos Deuses, verá o seu fim antes de Claudius.
A mesma repetição, lamento dizer-vos, se passará entre Claudius e Agripina. Jorge Nuno arranjará maneira de liquidar a sua ex "mais-que-tudo" e o mais provável é que, no final, ao invés de Adeus Tiberius Claudius Drusus Nero Germanicus; Deus dos Bretões; Máximo Imperador do mundo romano, possamos dizer, Adeus Carolina Salgado; Deusa do Alterne; Máxima lerdinha do mundo morcão.
E assim, uma vez mais, tudo se repete. A história que foi outrora a de Eu, Claudius é agora a de Eu, Carolina.

1 comentário:

Pirolito disse...

Só mesmo desse cérebro maquiavélico!

 

is where my documents live!