18 maio 2010

Onde vou?

Vou caminhar na praia.
Para onde vou?
Não sei!
Vou sorver o sol sofregamente, regenerar a minha energia, mergulhar na água salgada, expurgar más-vibrações.
Vou mergulhar uma vez... e outra... e outra. Vou deixar que a espuma branca me envolva, me enrole, me possua. E nadar, sem fim... ao sabor da corrente, sulcando o azul profundo.
Exausto, náufrago desta vida de derivas muitas, irei espreguiçar-me na areia húmida, encher as mãos com milhões de grãos dourados e deixá-los escorrer entre os dedos, lembrando o carácter éfemero da nossa existência e remendando, ainda que por um breve instante, o erro tantas vezes repetido de não gozar cada momento como sendo único, irrepetível.
Por vezes, poucas, muito poucas, dou por mim a apreciar quão maravilhosa é a vida. Se levar comigo estes fotogramas, estes momentos cristalizados, já não terei perdido tudo e a vida terá feito, a custo, algum sentido.

4 comentários:

Ponto de Interrogação disse...

Depois de ter lido este post resta-me desejar que essas poucas vezes se convertam nas muitas vezes em que apreciarás a beleza do sol, do mar e de tudo o que é vivo e verdadeiramente importante.

Resta-nos, em momentos de desespero, acreditar muito. Vamos, por isso, acreditar. Acreditar num mundo melhor e em nós.

Beijinhos!

Anónimo disse...

....so me resta dizer-te que está na altura de sair desse teu luto, e olhar a volta e aproveitar tudo o que a vida te oferece, sei que é dificil ser feliz mas não é impossivel, pois o que nos parece menos importante é o que nos faz bem....desculpa este meu abuso mas após ler este teu blog foi o que eu senti. bjs
mais uma vez mil desculpas por escrever desta forma.

Anónimo disse...

Na vida temos sempre uma certa tendência em ver o lado menos bom do que ela nos oferece. Mas é esse mesmo o sentido da vida, aprender, melhorar. Sei muito bem, como é dificil aceitar todas a contrariedades/obstaculos que dia a dia nos aparecem, mas são eles que no final nos fortalecem e nos tornam aquilo que somos.
Como costumo dizer, há dias estupidamente tristes,mas chegará o dia que me vou rir deles.

Bjs

Anónimo disse...

É... é destas coisas "pequenas" e "imples" que a vida é feita. Tudo o resto ou quase tudo são reflexos. Uma vezes com cores belas, outras apenas, com a promessa delas se virem a revelar.Essas sensações boas de que falas, e que te fazem sentir não só vivo, como também livre, estarão lá sempre à tua espera, para delas desfrutares.

Grande abraço.
J.F.

 

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