26 junho 2006

Sejamos honestos

Agora que a tormenta passou, apetece-nos dizer que o Sr. Joseph Blatter prestou um mau serviço ao futebol quando, após o final do jogo Portugal-Holanda, veio, ele próprio, mostrar um cartão vermelho ao árbitro do encontro. Qual o motivo? O árbitro tinha demonstrado falta de sensibilidade relativamente ao que são os condimentos indispensáveis a um bom jogo de futebol; porque tinha limitado irremediavelmente as duas equipas ao exibir tantos cartões; bla, bla, bla.
Então afinal como é?
Primeiro criticam os árbitros porque são permissivos, porque são moles no aspecto disciplinar, porque deixam passar em claro o excesso de virilidade das entradas de defesas e médios sobre os avançados, pactuando assim com a impossibilidade de algumas equipas poderem praticar um futebol mais ofensivo.
Quando os árbitros interpretam à letra as leis do jogo, tendo sido, aliás, para isso pressionados com a devida antecedência pela própria FIFA, vem depois o presidente deste organismo pendurar na cruz o primeiro árbitro que teve as bolas no sítio (já que de futebol se fala) para o fazer.
Para nós, exceptuando alguns - curtos - períodos do jogo em que a nossa selecção foi ligeiramente prejudicada e aquela entrada inicial sobre o Cristiano Ronaldo que merecia cartão vermelho directo, ao invés do mero amarelo, o Sr. Ivanov fez uma excelente exibição.
Se queremos futebol de ataque, os jogadores, sejam eles artistas de fina estirpe ou não, têm que começar a aprender. Nem que seja à força!

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