25 setembro 2006

Furo lento

A Polícia Judiciária é um fartote de rir... de tristeza.
Aquilo a que eu costumo chamar "furo lento", verifica-se sucessivamente e sem fim à vista.
Já agora, para os menos esclarecidos nestas coisas da gíria automobilística, um furo lento é aquele do qual, apesar de o pneu ter furado num determinado momento e porque a perda de ar se faz muito lentamente, o condutor só se apercebe muitos kms depois.
O director nacional da Polícia Judiciária vai pedir hoje à Procuradoria-Geral da República a abertura de uma investigação criminal ao caso da fuga de informação no interior da PJ do Porto a favor de Pinto da Costa.
Ainda ontem ouvimos nos telejornais que esta pouca-vergonha, passada no início de Dezembro de 2004, tinha provocado grande mal-estar na Judiciária do Porto e que o "chibo" em causa se tinha apressado a solicitar uma passagem antecipada à aposentação, quiçá aconchegado por algum complemento de reforma oferecido pelo Sr. Pinto da Costa.
Como é que a Direcção nacional da Polícia Judiciária, independentemente dos titulares dos cargos durante este período de quase dois anos, só agora determinou mandar fazer o que é óbvio para toda a gente?
É mais um furo lento! E depois ainda se admiram de ver a nossa Justiça, já de si um exemplo de eficiência, andar a maior parte do tempo a encher pneus...

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