21 fevereiro 2010

Aterrorizado!

Estou aterrorizado!

Estava eu em amena faxina às minhas demasiadas (duas) contas de correio electrónico, quando, às tantas, me apercebi da quantidade de convites de amigos e outras pessoas conhecidas, para aderir aos seus respectivos círculos de amigos no Myspaces, Hi5, Facebook, Orkut, Twitter, Ning, "Ping", "Ting" e o "Raio que parting".

De repente assomou-se-me ao espírito o seguinte pensamento acompanhado de doze calafrios na espinha e seis contrações espasmódicas (vulgo: f...s da p... de cãibras):

- Meu Deus! Se não me apresso a "joinar" esta gajada toda nestas multi-sofisticadas ferramentas, amanhã estarei condenado ao mais terrífico dos esquecimentos. A minha existência, tal como até aqui a considerei, está presa por um fio mais ténue do que o que prende o Engº (das máquinas de cortar bacalhau às postas) Sócrates ao cargo de 1º Ministro desta mui sui generis República.

E foi então que me decidi a criar uma miríade de páginas pessoais nos diversos "sítios" web. Meu Deus! Até já conferimos a dimensão de "sítio" a algo que é apenas do domínio do virtual.

Agora percebo. Eis que se fez luz. TIVE UMA EPIFANIA!

O fisco chupa-me até ao tutano, não em função dos meus rendimentos reais mas sim em função daqueles que, virtualmente, deveria ter ganho. Se não ganhou... azarito. Tivesse ganho. Não fosse langão!

É o matrix reloaded elevado à enésima potência.

Estou desgraçado!

E daí talvez não... será que a minha passagem à clandestinidade virtual significará a minha não-existência como contribuinte?

Vou à rua afogar esta dúvida metódica em meia-dúzia de imperiais e três pires de tremoços.

Ahhhhhhhhhh! É verdade....

A história de ter criado as tais páginas pessoais é mentira!

Sou cada vez mais um Calvinista confesso. Deus escolheu alguns de nós para serem importantes, outros (muitos) para serem insignificantes, outros (muitos mais) para terem a mania que são importantes e outros (uns quantos felizes contemplados entre os quais eu me insiro [gosto muito de inserir]), para carregar a cruz de betão armado, andar pelo mundo a espalhar amor e não ter direito a qualquer página pessoal na internet.

Arranjámos um blog e poupa-o!

Digo eu!... (mas eu também digo muita coisa que não tem importância nenhuma).

1 comentário:

Ponto de Interrogação disse...

Dizes muita coisa que tem imensa importância senão não farias parte da tal ínfima mas, na minha opinião, abençoada tribo dos felizes contemplados.
Olha, eu cá, não tenho e, enquanto Deus me der lucidez, não hei-de ter nada dessas coisas. Brrrr... Viva a clandestinidade!

Ah! E parabéns, uma vez mais, pelo excelente post.

Queremos maaaaaaaiiiiiiisssssss!!!

(Estou na minha pausa da ZON, vê lá o quanto és importante...)

Jitos!

 

is where my documents live!