07 novembro 2010

Exposição ao Ministro da Agricultura.

Na passada sexta-feira ao final da tarde tive que me deslocar ao Algarve.
Ia com pressa.
Sem combustível para realizar os 600 kms da viagem, parei para abastecer. Introduzi mal a mangueira no bocal do depósito e um jorro de gasóleo ensopou-me a perna esquerda das calças. Diz que isto de introduzir incorrectamente e de molhar as calças é coisa normal quando se vai para velho.
Roguei umas pragas mas lá segui viagem.
Algum tempo depois o cheiro do gasóleo tornou-se insuportável. A solução da janela aberta ajudou a minimizar o pivete mas o frio era igualmente proibitivo. Resolvi voltar a parar noutra estação de serviço e esfregar as calças com água para ver se o problema se resolvia. Sem sucesso.
Entre Alcácer do Sal e Grândola voltei a abrir a janela e a coisa resolveu-se mas não da forma esperada. É que um bafo de cheiro a estrume de vaca invadiu-me o carro de um modo tão triunfal quanto a entrada dos nazis em Paris durante a II Guerra Mundial.
Em desespero, lembrei-me que trazia a mochila da pesca na mala do carro. Dentro dela anda sempre um par de calças impermeáveis.
Nova paragem em Almodôvar para trocar de indumentária. As calças impermeáveis azuis ficaram-me a matar com a camisa de xadrez que levava vestida.
Pelo acima exposto pergunto-lhe, Senhor Ministro:
- Um moçoilo assim a modos como eu, vestido de calças impermeáveis e camisa de xadrez, com as botas a cheirar a gasóleo e o carro a bosta de vaca, é elegível para obtenção de um subsídio de jovem agricultor?
Se for esse o caso, agradecia um contacto por parte dos serviços competentes.
De V. Exa., atentamente.

2 comentários:

Estela disse...

Qual é o mal de conduzir em cuecas?

Pirolito disse...

Nenhum!
O mesmo já não se poderá dizer do sair do carro em cuecas...
Eheheheheheh

 

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