Amo-te porque sim!
Amo-te como o Pablo Neruda disse que era possível amar...
Amo-te porque sou parvo.
Amo-te porque não tenho amor-próprio nem vergonha na cara.
Amo-te porque amar é isso mesmo: perder o amor-próprio, ganhar motivos para me envergonhar...
Irei amar-te até inspirar o que é óbvio: que não tenho quaisquer motivos para o fazer, a não ser, talvez, o magoar-me a mim próprio, estúpida e ininterruptamente.
Já nem sei porque te continuo a amar.
Amo-te... porque sim!
15 fevereiro 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Talvez estejas a olhar para o lado errado. Aprende a gostar de ti e aí, talvez aprendas a ver os outros tal como eles são - uns melhores, outros piores e outros ainda muito especiais - e, quem sabe, a não deixares que a vida te passe ao lado.
Isto não é nada de novo para ti. Lamento. Mas há coisas que lamento ainda mais. Quando os outros não nos merecem, por exemplo, e nos permitimos violentar sistematicamente por expectativas cruéis e deficitárias. Espero que consigas ver-te e ver a vida de outra forma e, consequentemente dar-te sem condicionalismos, sem subterfúgios e sem auto-limitações.
Amar não é perder o amor-próprio, meu amigo. É ganhá-lo. Só através dessa conquista se consegue amar. Se és parvo, não sei. Talvez ingénuo. Não te conheço. Mas parece-me que é a ti que deves esse amor. Talvez nunca te tenham visto e, sendo assim, é de uma ilusão de ti que gostam. Será que amas mesmo? Ou vives na ilusão de amar? O amor é um processo dinâmico de conquistas, de partilhas e de aprendizagem e ensinamento de nós para nós e, consequentemente, para os outros. É a mais bela das pequenas coisas.
Boa sorte!
Cara(o) anónima(o),
O amar perdendo o amor próprio não foi pensado em relação ao acto de amar mas sim em relação às circunstâncias em que, muita vezes e apesar de tudo, continuamos quase inexplicavelmente a amar.
Nestas coisas do amor há que ter o cuidado e dar a margem necessários. Já dizia o poeta maior: "O amor tem razões que a razão desconhece!"
Obrigado por ser nosso(a) leitor(a).
Percebi! Não me identifiquei porque só depois percebi que era possível colocar o nome.
Passei por aqui e achei o blogue interessante.
Continue!
Irene Sabino
Enviar um comentário