02 novembro 2010

A culpa não será do photoshop

Ainda a caminhada à Peninha. Eu e o meu grande amigo Jorge.
Lá íamos nós palmilhando tranquilamente os caminhos florestais que nos conduziriam ao destino pretendido, quando se misturou gente de um outro grupo de caminheiros.
Mesmo à nossa frente, vá-se lá perceber por que artes, (a floresta tem destas coisas misteriosas), interpôs-se uma fulana que, apenas para começar, nos colocava imediatamente perante o seguinte dilema: como é que esta personagem se conseguiu meter dentro das calças?
Se as ditas cujas, pretas, de sarja, pudessem comunicar, fá-lo-iam num misto de grito/gemido/carpido capaz de fazer chorar os eucaliptos que nos delimitavam a marcha.
Não fossem as conversas de circunstância dentro do grupo e, tenho a certeza absoluta, ouvir-se-ia o ranger das costuras.
O (des)interessante é que a rapariga quase não tinha peito. O que lhe faltava no primeiro andar sobrava no rés-do-chão.
As nádegas (meu Deus... aqueles colossais nadegueiros) oprimiam de tal forma o tecido que, ao criar um conjunto incontável de pregas, formavam dois verdadeiros blocos de massa folhada.
Um pouco assustado com a possibilidade de alguma daquelas tachas que decoram os bolsos poder, de repente e sem qualquer aviso prévio, sair disparada na nossa direcção (não exagero se vos disser que o impacto entre os olhos de um tal projéctil, à velocidade com que seria expelido, seria motivo para uma morte fulminante), sugeri ao Jorge que mudássemos de posição na comitiva. Respondeu-me "que não!". Na sua opinião tudo aquilo não passava de um simples fenómeno de transferência de massas e que eu era demasiado alarmista, e coiso e tal e tal e coiso...
Lá anuí em continuar, mas sempre a rezar aos meus anjos da guarda.
Pelo menos numa coisa eu e o Jorge estivemos de acordo: era um problema de massa (para mim... folhada).
Chegados à porta do santuário, para meu deleite e olhar invejoso dos restantes presentes, o Jorge fez saltar da sua cartola de primeiros-socorros duas garrafas de Super-Bock que bebericámos com requintes de malvadez.
Enquanto dois elementos do tal outro grupo trocavam impressões sobre um qualquer curso de Photoshop, eis que chega Miss massa folhada e, dirigindo-se a um deles, diz:
- Môr... depois quero que me ponhas linda em todas as fotografias.
Resposta pronta:
- Queres umas mamas maiores e/ou um rabo mais pequeno?
Abrenúncio!!!
Visivelmente incomodada com a apresentação pública que o marido (?) havia feito sobre o deve e o haver da mulher, lançou-lhe um olhar fulminante, carregado de promessas de longa e penosa austeridade sexual.
- Eu disse "bonita". Não me referi a mexer em mais nada porque eu sou booooaaaaa, tá?
O rapaz lá foi encolhendo os ombros, mal dizendo a opção pelo curso básico de Photoshop. Devia, isso sim, ter tirado uma Licenciatura em Artes gráficas ou, melhor ainda, Cirurgia Plástica.
Escondemos as gargalhadas pois ninguém de bom-senso se ri na cara de uma mulher com um bastão de alumínio na mão.
Uma coisa é certa: a pretexto de um atacador mal apertado, na descida fiquei um pouco mais para trás.
Não fosse o capeta tecê-las!...

4 comentários:

Unknown disse...

A minha gargalhada directamente do escritório dos malucos onde por vezes ponho em causa a minha sanidade mental. E valhas-me tu para me fazer rir.lolol

Anónimo disse...

Abençoadas noites de insónia!

Mas vamos lá ao meu comentário:


Caro Amigo…

Ainda eu andava a levantar as saias às miúdas lá na primária e a fugir da Directra, e já o grande e sábio trovador (pelo menos lá no Braziuuu) Juca Chaves há muitos anos atrás cantava:

“A beleza ♪ da mulher não está na cara,♪
Tá na jura,♫ tá na jura que fizer,♫
Se a beleza da mulher ♪está em outra parte qualquer,♫...
......
......
Tá na cara,♪que tánajura!♫”

Sendo que Tánajura, segundo a definição dele, “é uma formiguinha de Minas que tem a cinturinha muito, muito fina, e uma… BUNDA MUITO GRANDE!”

Para o meu modesto gosto, a tanajura, o rabiosque, ou o que lhe queiras chamar nunca é grande demais. Mas isto é o meu gosto. E a minha humilde e pouco gourmet opinião vale o que vale.

Ahhhh... e em princípio não tenho nada contra a massa folhada, desde qeu fôfa. :) :) :)


Grande abraço.

J. F.

Anónimo disse...

Realmente só tu para nos fazeres rir. bjs Ré

Anónimo disse...

Entre massa folhada e sair ao pai (sem mamas) penso que nehuma das duas terá sido sua escolha!Imagino que a descrição do ranger das costuras, tenha feito lembrar um colete de amarras a abraçar um pote de gorduras...
Resumo da história...Tu agoniado com tanta massa folhada e ela a gostar de si enunciando-se uma miss para a sua cara metade!Pensando melhor...quem sabe a massa folhada e a maminha francesa, não terão sido o mote para o "belo e dedicado" principe???

 

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