17 junho 2010

Final de ano lectivo / Final de ciclo

O meu David terminou a 4ª Classe ou, como agora se diz, o 1º Ciclo do Ensino Básico.
Hoje houve festa de despedida do ano lectivo na escola. Fez-se um pequeno lanche de confraternização e a miudagem preparou uma peça de teatro para nos oferecer.
Uns mais dados às artes do palco, outros menos, mas todos cheios de um empenhamento a perder de vista, desenrolaram a história do Palácio de Queluz e das suas figuras e figurões. Houve de tudo, personagens históricos e personagens inventados. Lá andavam D. Maria, D. João VI, D. Carlota Joaquina, as filhas todas, um rol de personagens imaginados pelos próprios alunos, todos com direito a cognome. Só faltou um Marquês de Marialva para perseguir a Rainha pelos jardins do Palácio (se bem que eu ache que a coisa era mais o inverso. Mas adiante...).
O meu pirralho apresentou-se ao público como sendo D. David, o Risotas. O cognome, escolhido por ele próprio, terá de certeza razão de ser pois quando se apresentou, o remanescente da Corte disparou numa gargalhada generalizada. E lá continuou D. David afirmando que vivera no Palácio de Queluz durante o séc. XIX, morrendo sem deixar amigos nem descendência.
Sem deixar amigos nem descendência??? Mas quem raio terá sugerido isto ao miúdo? - pensei eu imediatamente.
Apresentada toda a Corte e terminada a peça, os pequenotes ofereceram aos pais uma versão muito bem ensaiada do tema que abaixo vos deixo.
Findas as formalidades, chamei D. David, o Risotas, à parte e perguntei-lhe de quem fora a ideia do sem deixar amigos nem descendência, ao que me respondeu:
- Foi minha! Foi para dar a ideia de que nem tudo são risotas.
Não há nada que valha mais do que o amor incondicional de uma criança nem algo de tão admirável quanto qualquer um dos seus raciocínios cristalinos.
Meu filho: não consigo adivinhar o quanto gostas de mim, embora tenhas cantado que "é desde aqui até à Lua". O meu amor por ti não cabe na minha capacidade de expressão, mas monta a galope cada batida do meu coração.


Adivinha quanto gosto de ti
André Sardet

5 comentários:

Anónimo disse...

Adorei! Pois é, o Davidão tem razão, nem tudo são risotas. Contudo também nos podemos rir das coisas mais difíceis, as que nos fazem crescer e aprender e/ou chorar das coisas mais fáceis, que são batalhas atingidas...

Depois quero ver as fotografias de D. David - o Risotas.

Um grande Beijão para os meus heróis da vida real!

Irene

Anónimo disse...

Parabéns por teres um filhote tão especial,como o David com essa tenrra idade ja nos dá algumas lições. São estas pequenas coisas que vemos que eles já não são mais crianças mas pequenos adultos.

bjks.
Leonotis.

Unknown disse...

As crianças tbem nos ensinam, e muito...e subscrevo as palavras da Irene, temos que aprender a rir até das coisas mais dificeis...fazer como diz o "Pessoa", guardar as pedras que encontramos no caminho, e um dia construir um castelo.
Bjo

Anónimo disse...

Parabéns aos pais!

Espero que o David assim continue, a ser o vosso orgulho. Que se faça um Homem com H grande.
Com os pais e avós que tem, é de toda a obrigação que isso aconteça.

Está da vossa parte ajudá-lo e guiá-lo neste mundo conturbado em que vivemos.

Um beijo ao David e felicidades para os pais.

Tia Noémia

Ré disse...

Os filhos são o que de melhor temos no mundo.
Eles também nos ensinam, por vezes muito mais do que nós a eles.

Beijos

 

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