Não!...
Não me envergonho de mim perante os outros. Por vezes envergonho-me de mim perante mim.
Gostava de conseguir ser menos emocional sem, para isso, precisar de ser mais racional.
Ser racional é um exercício de auto-controlo muito mais fácil do que aquilo que se imagina. Mas é uma tremenda limonada.
Eu sei que é bonito almejar ao desprendimento em relação aos sentimentos, esse caminho que, como dizia Chesterton, vai dos olhos ao coração sem passar pelo intelecto, essas ilusões que toldam a mente humana e impedem a caminhada rumo a estádios de evolução espiritual mais desenvolvidos.
Deixem-me repetir: É uma monumental seca!!!
E mais - aqui fica formalizada a minha reclamação - trata-se de uma tremenda injustiça o facto de assim ter que ser se quisermos evoluir.
Gostava de conseguir ser mais selvagem.
Louco? Um pouco. Mas eu explico melhor. Gostava de conseguir ser mais selvagem como forma de poder ser (ainda) mais inconsciente e, logo, inocente, desprendido e autónomo relativamente às emoções.
Assim me veria livre destas marés de auto-comiseração em que por vezes pairo à deriva.
Como escreveu D. H. Lawrence no seu poema "Self-Pity":
I never saw a wild thing sorry for itself.
A small bird will drop frozen from a bough
without ever having felt sorry for itself.
07 junho 2010
"Um pouco mais de alma animal" ou "Comentando os vossos comentários"
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6 comentários:
E cá vai mais uma acha para a fogueira.O nosso maravilhoso Pessoa escreveu em "O Eu Profundo":
- Sentir é compreender. Pensar é errar. Compreender o que outra pessoa pensa é discordar dela. Compreender o que outra pessoa sente é ser ela.
(Cf. Citador.pt)
Hmmm... Ser um pouco cavalo selvagem, é? A inteligência tem uma factura demasiado elevada. E o pior é que nunca assinámos esse contrato. Ou talvez tenhamos assinado - não sei. Tem, de facto, um preço muito elevado. Se vale a pena, não sei. Espero que sim.
Jokas!
Cavalo já eu sou e em múltiplas vertentes:
-Dou uns coices de quando em vez;
- Signo chinês;
- Dou por mim a ruminar com alguma frequência...
Ó Diabo... não é que acabo de relinchar?
Vou procurar erva fresca que está muito calor no estábulo.
Bjokas (daquelas com beiçana cavalar, cheias de baba... Iaaaccckkkkkkkkk!)
Inteligencia é a capacidade de nos valorizarmos a cada dia, é olharmos para dentro e apreciarmos aquilo que somos. Não é tarefa facil, é algo que depende de mil e um factores. Não deviamos ter pena de nós mesmos, deveriamos sim, agradecer tudo o que temos, aprendendo com tudo o que a vida nos oferece. Mas temos a tendencia de nos focar nas coisas menos boas, e ao fazermos isso estamos a dar mais energia a esses sentimentos, obstaculos, o que lhes quiserem chamar. Na vida tudo é dual, para existir paz temos de saber reconhece-la temos de conhecer o seu oposto...mas o que fazemos? alimentamos o lado menos bom, e isso gera muitas vezes o tal sentimento de "pena" que temos de nós mesmos...
Bjs Ré
E eu que gosto tanto de cavalos?
:-)
Beijocas ingais!!!
Ré,
Para quem não comentava porque não sabia escrever direito...
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