Com as eleições presidenciais ao virar da esquina, lá vem outra vez a ladaínha das abrangências impostas.
Refiro-me à expressão "(...) de todos os Portugueses".
Já bem basta o passarem a vida a dizer que este é "o Governo que os Portugueses escolheram". Mas quando é que percebem que este é apenas o Governo que alguns Portugueses escolheram?
Eu, por exemplo, não o escolhi. Será que isso faz de mim Marroquino?
Agora vêm com a conversa que este ou aquele candidato é o que melhor se apresenta para vir a ser presidente de todos os Portugueses.
A menos que o próximo presidente venha a ser eleito por unanimidade e eu não o tenha previsto, parece-me que a única coisa que é, por natureza, de todos os Portugueses, é a própria Presidência, como órgão de soberania.
23 outubro 2005
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