O método filosófico de Sócrates (Séc. V a. C.), assenta no diálogo e implica dois processos fundamentais: a Ironia e a Maiêutica.
No primeiro dos processos, Sócrates coloca-se na posição de quem não sabe e quer aprender. Através de perguntas breves, faz cair os seus interlocutores em contradição e a tomar consciência da sua própria ignorância.
No segundo dos processos, Sócrates leva os homens a tomar consciência de que é necessário reflectir profundamente sobre as coisas, procurando as explicações através de uma aturada análise intelectual.
Em conclusão, a Ironia é uma etapa preparatória destinada a pôr em causa as ideias disseminadas pelo senso comum, enquanto a Maiêutica é já uma fase construtiva em que se torna patente a fecundidade da inteligência humana, capaz de operar na via da verdade.
O método psicotrópico alucinante e alucinado de Sócrates (Séc. XXI d. C.), assenta na total ausência de diálogo e implica igualmente dois processos fundamentais: a Ironia e a Maiêutica.
No primeiro dos processos, Sócrates coloca-se na posição de quem já sabe tudo e não quer aprender nada. Através de declarações breves, faz cair os seus interlocutores na mais profunda exasperação e a tomar consciência da sua pouca importância.
No segundo dos processos, Sócrates leva os homens a tomar consciência de que é necessário contribuir profundamente para tudo e mais alguma coisa, procurando as explicações através de uma desesperada diálise intelectual.
Em conclusão, a Ironia é uma etapa preparatória destinada a delapidar os direitos adquiridos pelo cidadão comum, enquanto a Maiêutica é já uma fase destrutiva em que se torna patente a fraca qualidade da inteligência humana, capaz de operar na via da mediocridade.
26 outubro 2005
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